Por que escolhi integrar Reiki aos meus atendimentos?

Evento do projeto Reiki no Erasto, na sede da Rede Feminina do Combate ao Câncer, em 2023.
Frequentemente, quando estou atendendo, espontaneamente, algum paciente diz algo na linha de ser alguém espiritualizado, gostar de se tratar de outras formas além da medicina convencional e acreditar na energia das pessoas e lugares. Essas pessoas, então, ficam muito surpresas quando concordo e digo que sou reikiano. Afinal, Reiki e Medicina (ocidental, alopática, convencional, como queira chamar) parecem fazer parte de dois universos que não se tocam. Mas ambos têm o cuidado com o ser humano como foco principal, então eles não devem ser tão distantes, correto?
Ouvi falar sobre Reiki pela primeira vez na faculdade. Uma colega de turma é reikiana também e sempre falava do assunto, mas eu confesso que nunca tinha prestado realmente atenção e não tinha curiosidade alguma naquela época. Mais para frente, vi alguns vídeos na internet, ao acaso, citando o Reiki, então fui atrás de saber o que era. Na época, me interessei e pesquisei sobre o que era e como se tornar um reikiano, mas era algo que demandava muito tempo e, no auge da minha faculdade, tempo e disposição para tal eram coisas que me faltavam.
Foi em 2022, em um momento muito conturbado em minha vida, no qual estava passando por graves problemas psicológicos e me vi afastado do trabalho, que percebi que era o momento ideal para finalmente fazer um curso de Reiki, e foi algo transformador. Vi minha vida melhorar muito desde o momento em que integrei a prática em minha vida, mas não me via como terapeuta de Reiki; pensava em fazer autoaplicações e aplicar em familiares e amigos que me pedissem, nunca com o intuito de fazer disso parte de algo profissional ou formal. O tempo passou, me tornei Mestre Reiki e, então, comecei a me sentir como se estivesse desperdiçando meu conhecimento.
Comecei a conversar com vários amigos reikianos em busca de algum projeto de voluntariado em Reiki e em 2023, enquanto atendia uma então paciente e agora dona da clínica que atendo, a Eidi Machado, entramos no assunto energia, eu disse que era reikiano e ela me falou de um projeto de voluntariado de Reiki no Hospital Erasto Gaertner, coordenado pela enfermeira e terapeuta Meline Marques e logo demonstrei interesse. Alguns meses de treino depois, comecei a aplicar Reiki nos pacientes do ambulatório de dor crônica do Hospice Erasto Gaertner (o centro de cuidados paliativos do hospital) e foi uma experiência muito rica e consegui, semana a semana, com os meus próprios olhos e de forma palpável, como o Reiki ajudava aquelas pessoas; não tiro o crédito das medicações para a dor mas os pacientes sempre me contavam como quando depois de uma sessão de Reiki conseguiam refletir sobre a própria vida e o processo energético, emocional, mental por trás da dor que sentiam.
Então, além de confirmar o que já sabia, decidi que seria um médico reikiano, que meus pacientes mereciam além do meu conhecimento sobre medicina ocidental, acesso à uma energia que faz tão bem. Foi ainda em 2023 então que comecei a fazer tratamentos aliados ao Reiki e vejo nitidamente a melhora que os tratamentos convencionais trazem, sim, mas também vejo o bem que o Reiki faz na vida das pessoas e espero conseguir trazer cada dia mais a saúde física e energética para meus pacientes. E foi assim que percebi que ser médico e ser reikiano podem sim, e são parte do mesmo universo.


